In retaliation for what it described as a rampant campaign to isolate Russia, Vladimir Putin’s government banned British Prime Minister Boris Johnson and other British officials from entering the country, the Russian Foreign Ministry announced on Saturday.
“British officials are deliberately aggravating the situation around Ukraine, delivering lethal weapons to the Kiev regime and coordinating similar efforts on behalf of NATO. [aliança militar ocidental”, disse o Ministério das Relações Exteriores em nota.
A chanceler britânica, Liz Truss, o secretário de Defesa Ben Wallace, a ex-primeira-ministra Theresa May e a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, estão entre os proibidos de entrar em território russo.
Boris, que desde o inÃcio da invasão russa tem criticado publicamente as ações de Putin, pedido investigações sobre crimes de guerra e atuado diplomaticamente para estabelecer sanções econômicas, chegou a fazer uma visita surpresa a Kiev na semana passada, quando se reuniu com o presidente Volodimir Zelenski para, nas palavras do governo britânico, demonstrar solidariedade ao povo ucraniano.
O 52º dia de guerra no Leste Europeu também é marcado pelo retorno dos ataques à capital Kiev, promessa que Moscou havia feito ao longo da semana, argumentando se tratar de uma resposta a supostas incursões ucranianas contra alvos russos.
O Ministério da Defesa russo afirmou ter bombardeado uma fábrica militar da capital, no distrito de Darnitski, onde são fabricados tanques de guerra. Repórteres da agência AFP no local confirmaram o episódio, relatando a presença de militares e equipes de emergência.
Ainda em Kiev, o prefeito Vitali Klitschko afirmou, a uma emissora local, que ao menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas em ataques com mÃsseis realizados na manhã desde sábado. “Kiev foi e continua a ser um alvo dos agressores”, disse ele.
Já na cidade de Kharkiv, sob bombardeios constantes ao longo da última semana, o governo regional afirmou que uma pessoa morreu e pelo menos 18 ficaram feridas depois que um mÃssil russo atingiu áreas residenciais de um dos distritos centrais da região. A informação, no entanto, não pôde ser confirmada de maneira independente.
Militares ucranianos afirmaram que aviões de guerra russos que decolaram da Belarus, ditadura comandada por Alexander Lukashenko e aliada de Moscou, também dispararam mÃsseis na região de Lviv, perto da fronteira com a Polônia e um dos principais destinos intermediários dos refugiados do conflito que tentam emigrar.
Os russos também alegam terem atingido uma fábrica de reparos da cidade portuária de Mikolaiv. Autoridades disseram que pelo menos cinco pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas, mas não há informações sobre a ligação entre os dois incidentes. Uma das vÃtimas teria morrido depois de recolher munições russas não detonadas.
A vice-primeira-ministra ucraniana Irina Vereschuk informou que nove corredores humanitários para a retirada de civis foram acordados com Moscou para este sábado. Cinco deles seriam na porção leste do paÃs, na região de Lugansk, onde está uma das autodenominadas repúblicas separatistas pró-Rússia de mesmo nome.​
De acordo com Volodimir Zelenski, a Ucrânia perdeu, até aqui, de 2.500 a 3.000 soldados na guerra. Ele também afirma que cerca de 10 mil agentes estão feridos, alguns com gravidade, e que não há contagem oficial de vÃtimas civis. Os comentários foram feitos na noite de sexta (15)-feira à rede americana CNN.
O número mais recente das Nações Unidas aponta ao menos 1.982 civis mortos, incluindo 162 crianças, e 2.651 feridos. Mas os números, reconhece a própria organização, são subnotificados devido à dificuldade para acessar áreas sitiadas, como a portuária Mariupol.
Ainda segundo a ONU, mais de 4,8 milhões de cidadãos ucranianos deixaram seu paÃs desde o inÃcio do conflito. A maior parte deles —pelo menos 2,7 milhões— entrou na Polônia.